Prossegue
a escravidão implacável e crua...
Não
mais senzala hostil, escura e desumana.
A
incompreensão do amor, no entanto, continua
Em
domínio cruel de que a treva se ufana.
Mas
a luz do Senhor não teme, nem recua,
Na
ansiedade e na dor, sublime, se engalana,
E,
das graças do templo aos sarcasmos da rua,
Erige
a liberdade augusta e soberana...
Irmãos
do meu Brasil, encantado e divino,
Do
Amazonas ao Prata ergue-se a Deus um hino
Que
exalça no Evangelho a grandeza de um povo!
Fustiguemos
o mal, combatendo a descrença,
Descortinando,
além da noite que se adensa,
A
alvorada feliz de um mundo livre e novo.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos